Vem, meu bem
Deixa eu te provar que pode ser gostoso
Sair do controle e mesmo assim 
poder escolher para onde ir
Relevar as feridas e 
só pensar em viver
Ao meu lado
Do jeitinho que a gente gosta 
e nunca sentiu
Entrelaçar as mãos
ao ver que o outro sorriu
Reciprocidade.
Te acordar na madrugada 
e ser aconchegada ao deitar
Fechar os olhos
e ver que é verdade
ao invés de sonhar
Vem, meu amor
Virei a noite te olhando dormir
e não tive coragem de admitir:
tô tão na sua
Pareceu bom demais pra ser real
Ainda tenho a sensação
de que esperar pode ser covardia
Só vem, anjo
Traga café na cama mesmo sabendo
que eu não como de manhã
Faça o pouco por mim
Te valorizo e tenho desejos 
a serem concretizados juntos 
Não quero mais ter que partir
O mínimo já seria grandioso
Então vem, coração
Não permita que meu medo
me faça dizer não
Ou que, antes disso,
a gente se perca achando que é paixão
o que o destino já deixou claro
que pode ser a oportunidade,
talvez única,
de ter alguém com quem tudo bate
Vem e fica, reizinho
Divide comigo seus projetos, seus problemas, seus gatos
e todas as soluções que certamente tem pra que esse mundo louco seja tragável
Quero ter pra quem pedir ajuda pra, 
quando acampar, na barraca ou motorhome,
encher o colchão inflável
Quero abrir a janela e ver o mar
ou montanhas congeladas... 
Retornar o olhar e ver você dormindo,
silencioso, estático...
Até me reparar vulnerável, entregue:
anestesiada. 
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