Cômico como a única certeza é a do fim
Como se a gente fosse viver pelo arrependimento
E não pela vontade de viver em si.
Patético pensar que a bondade
E o amor servem como redenção
Quando são, na verdade, a verdadeira razão 
Pela qual fazer qualquer coisa. 
Estranho sentir que o medo trava mais 
Que a consciência
E que a gente vive mais em função do externo
Do que de quem nos vê por dentro.
Uma loucura pensar que a gente 
Guarda o amor
E é obrigado a dizer que sente muito
Quando ninguém mais é capaz de ouvir.
Vergonhoso reconhecer que sempre
Precisamos de muito
Quando o valor sempre esteve
No que não se mede.
Triste imaginar que tem gente que nasce só
E morre sem nunca ter estado
Com alguém sem precedentes
Muito arrogante da nossa parte 
Tentar descobrir o tempo certo das coisas
E depositar em nossos próprios mitos
A culpa da nossa covardia.

“Se nada nos salva da morte, que ao menos o amor nos salve a vida.”
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