É insulto que a arte
Seja como um presente
Quando, na verdade,
Ela só é a explosão
De quem sente muito
E transforma
Ainda que tenha nome
Ou endereço
Nenhuma palavra
Tem destino certo
Nenhum risco
Tem traço exato
Todo devaneio
É ressignificado
Todas as histórias
Podem ser recontadas
Com sujeitos diferentes
Criar é materializar o íntimo!
Ainda que haja companhia
Só tem o eu naquilo
Não tem espaço pra mais nada
Ninguém se arrepende
De transcender
Quando o motivo
É extravasar
Não é uma escolha,
Um querer consciente
É necessidade, intuição.
Ninguém para pra escrever
Pra pintar, pra compor
Aquilo invade, emociona…
A gente pensa. E basta!
Quando vê, já foi…
É deliciosamente incontrolável
Inegavelmente confortável
Só a gente se entende ao fazer
Só isso é capaz de recarregar
A inspiração é início, o primeiro passo
A transcrição é a entrega.
    Deixe um comentário

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *