É uma farsa, ao vivo,
E todo mundo acredita
No presente postado
A ausência aonde se está
Todo mundo registra
Quase ninguém mais vive
Só tem valor se mostrar
E o segredo parece chato (ingênuos).
Estão todos curtindo
Embora eu me recuse a aceitar
Enquanto todo mundo quer fingir ter mais
Eu mostro tão pouco do que tenho
Preciso entrar, fazer parte
Mas rejeito ser o que agora é
Quero ter memórias acessíveis
Não uma plateia indiferente
O meu show é no off
E o ingresso é caro
Mostrar populariza o íntimo
Ninguém é o que está lá
O que se esconde, todavia, é perigoso
Quem enxerga por trás das aparências?
No desejo de ser quem constrói
Uma imagem distorcida de si
Na narrativa questionável do close
A verdade invisível sempre escancarada
Pode até ser que eu apareça
Mas não espere de mim a constância.
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