Em cada conto de fadas que se desvanece, a verdadeira narrativa de força e autodescoberta emerge. As histórias de amor com final feliz, aos poucos, dão lugar à jornada de se salvar e encontrar a própria coragem.
Os laços são trocados por penteados práticos. Os saltos, outrora sonhados, transformam-se em sapatos funcionais, projetados para seguir em frente.
Assim, as transições sinalizam não um término, mas um começo renovado. A nostalgia do passado se disfarça na expectativa por novas descobertas...
Entre os rótulos de menina e mulher, há, também, o desconforto de uma verdadeira identidade. Como se definir em meio a mudanças tão sutis?
Neste processo, o equilíbrio se ordena na coexistência de vulnerabilidade e valentia. É aceitável ser tudo e nada ao mesmo tempo.
O feminino, com as suas inúmeras exigências, é intrinsecamente lúdico. Significa possuir uma elegância natural na confusão e liderar com firmeza, ainda que gentilmente. É se sentir livre no próprio poder de existir em todas as suas formas – seja como jovem, menina ou mulher.
Apesar dos obstáculos e preconceitos, ser mulher é compartilhar: as dores, os medos, os anseios, a vida e os sonhos. A narrativa geral, de todos os cantos, ecoa lamentos e alegrias, além de anseios por ser vista e respeitada.
Neste entrelaçar de ilusões e verdades, a magia é descoberta não nos finais predeterminados, mas na coragem de tecer os próprios destinos.

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